24.2.09

Nossa Senhora do Almortão (Aos Galegos)

«A Ermida de Nossa Senhora do Almortão situa-se nos campos de Idanha-a-Nova, tem um estilo simples e harmonioso. Em 1229 D. Sancho II, no foral dado a Idanha-a-Velha mencionava a SANTCTAM MARIAM ALMORTAM, quando demarcava os limites da Egitania. (...)
Esta capela foi construída porque, como diz a lenda, um dia de madrugada uns pastores atravessavam o campo pelo sítio «Água Murta» e notaram que havia algo de estranho por trás das murteiras grandes*. Aproximaram-se e viram uma linda imagem da Virgem.
Ficaram parados de joelhos a rezar, mas depois resolveram levar a imagem para a Igreja de Monsanto. Mas ela desapareceu e foi encontrada outra vez no mesmo lugar da aparição no murtão.
Respeitando a vontade da Senhora, os habitantes da vila construíram a capela.»

*«Na mitologia grega, a murta era consagrada a Afrodite. O mesmo aconteceria na mitologia romana, em que Vénus recebia o título de Murcia, que a relaciona a esta planta.»
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«Senhora do Almortão,
Oh, minha rosa encarnada,
Ao cimo do Alentejo
Chega a vossa nomeada...

Senhora do Almortão,
Flor minha linda raiana,
Virai costas a Castela,
Não queirais ser castelhana,
Não queirais ser castelhana, ahhh...

Nossa Senhora da Póvoa,
Nossa Senhora da Póvoa...
Minha boquinha de riso,
Minha maçã camoesa,
Minha maçã camoesa...
Criada no paraíso,
Criada no paraíso...

Senhora do Almortão,
A vossa capela cheira,
Cheira a cravo, cheira a rosa,
Cheira a flor da laranjeira,
Cheira a flor da laranjeira, ahhh...»
Cantada por Zeca Afonso

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