«Uma mão do Além batendo à nossa porta, um rio misterioso insinuando suas águas de vida por entre os penhascais bravios, um vento de outra atmosfera tomando em suas mãos espectrais o íntimo de nossas almas transidas.
E já que os senhores todos vivem enterrados no lodo material da vida, dêem licença que sejamos gratos aos Poetas, que, como nós, preferem, no caminho da Ausência, ir cantando e evocando os fantasmas, verdadeiros seres da vida eterna, que a venham encher da sua Luz inconfundível e imaculada.
Nem tantos eles são que bastem com suas preces à secura desta vida em que, às cegas, delira a Maioria.
Que ao menos suas vozes despertem alguns sonos e voltem alguns olhares para a face luminosa da Vida, donde vem a réstia de luz que os inspira!»
Leonardo Coimbra
5.2.09
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