«Todo o Império [como toda a Nação...] que não é baseado no Império Espiritual é uma Morte de pé, um Cadáver mandando.
Só pode realizar utilmente o Império Espiritual a nação que for pequena, e em quem, portanto, nenhuma tentativa de absorção territorial pode nascer (...)
Criando uma civilização espiritual própria, subjugaremos todos os povos; porque contra as artes e as forças do espírito não há resistência possível, sobretudo quando elas sejam bem organizadas, fortificadas por almas e generais do Espírito.
(...)
É preciso criar um organismo cultural capaz de substituir o Estado nestas funções. Escusa de ter aspecto de potência adentro da Pátria: basta que tenha a precisa noção superior dos seus fins.
Deve essa organização visar três fins: (1) a criação de uma atitude cultural nas classes médias* (...); (2) a criação de uma propaganda ordenada e científica de Portugal no estrangeiro; (3) a criação (...) de uma atitude donde derive uma noção de Portugal como pessoa espiritual.
(...) [Juntos construamos] a primeira Nau que parte para as Índias Espirituais buscando-lhes o Caminho Marítimo através dos nevoeiros da alma, que os desvios, erros, e atrasos da actual civilização lhe ergueram.»
Fernando Pessoa
*todas as classes.
As mudanças de fundo necessárias apenas podem acontecer através de um despertar de cada um para um Fim comum a todos. O Fim que, em realidade, todos partilhamos desde sempre, o único que o homem pode querer almejar:
o Porto do Espírito, a Terra do Amor.
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3 comentários:
Esta vida fingida está a tornar-se-me insuportável.
Não há saída alguma fora de nós.
Quando nos levantamos da cadeira?
De verdade, de modo inte(r)ligente,
quando nos levantamos Nós da cadeira?...
Lá fora, quando tento espreitar, chove.
E o Sol?
Que importa...
Lá fora, se se insiste,
lá fora não existe.
sorriso :)
Não há fora nem dentro. :P
Há. Ou estará para haver...
*
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