17.3.09

Sol-dade

«(...) que destinos nos consomem...

É teu peito, que doura as negras lousas...

Foi o Espírito, o fogo incandescente,
Que os baptizou ao lume da Ideia,
Por que possam pegar no grão de areia,
E mudá-lo num astro luzente...

São os tristes suspiros do Passado
Que se erguem desse chão, por toda a parte...

Irmãos! irmãos! amemo-nos! é a hora...
É de noite que os tristes se procuram,
E paz e união entre si juram...
Irmãos! irmãos! amemo-nos agora!

Tu, pensamento, não és fogo, és luz!

Caminhai para a estrela da alvorada

Nós damos à saudade o que é do tempo.

(...) o olhar... no Futuro!»
Antero de Quental, Odes Modernas

A Luz do Sol é a Luz de todo o Fogo do Passado da Terra.
A Humanidade (em conjunto com a Natureza) arde de Amor, dando assim à Luz a sua Alma-Paraíso.
O Som/Voz do Homem revela o seu Passado, tal como acontece com o Sol.

É a Saudade que guarda Inteiro o Passado do Homem: é a Saudade que é o Sol.

O Mar guarda os rios - todos os tempos, ardendo, luzindo. (A água do mar gera fogo.)
A par do Mar da Língua Portuguesa.

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