15.4.09

Na Mão do Amor

Ahh se fosse eu a ter mão no meu Amor!
Mas é Ele que me tem na minha...
Só posso ser sua Mãe... e Filha.
A Mãe que cria o Amor
que a Si mesmo se cria:
a Si e a mim:

Amor-Deus.

Como não Amá-Lo para lá de mim?

Não, Ele não é só o sentir. Não.
Como poderia sê-lo apenas?

O meu Amor é que é o meu Ser!
E se é o que Sou: é tudo o que digo, tudo o que faço...

Como desconfiar de mim mesma? DEle? Desta Vida por Ele criada?
Para quê? Que outra via haverá senão a dEle?
Se Tudo é Ele...
Até a Morte de onde Ele me fez nascer.
Até a Vida para a qual Ele me fará renascer:
Imortal.

Dúvidas, incertezas??
O Amor em mim não sabe pensar nisso.
Porque isso seria pensar no pensar... e Ele é Um.
Só pensa e vive cada momento como cada momento é: Único.
O que disse antes, sabe que já não o vai dizer nem viver outra vez.
Tudo nEle é contínuo renascimento.
Se errou, o erro ficou no passado. E Ele já o passou.
Ele é um contínuo Outro, e é por isso que nunca morre, e é por isso que pôde existir. E pode. E poderá. Incessantemente, sem princípio nem fim.
Com o único Fim de não ter Fim.
Com o único motivo de Amar por Amar. De Ser por Ser.
Com o único propósito de ser sempre o mesmo Amor por nunca deixar de ser Criança.
A Criança que cresce sem se decrescer a adulta (por si mesma anulada).
Que Aprende. Ahh mas sem se prender!
Sem se prender ao que seja, a não ser ao próprio Amor que a liberta!
Pois é sempre Ele o que a prende e logo desprende.

É Ele a Eternidade dentro do Tempo,
e será Ele o Tempo dentro da Eternidade!

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