5.4.09

o longe, dentro no fundo...



flor ocular a arder
nos tímpanos do impossível
violácea
o infinito atemporal
a acontecer
presença abastada do imanifesto
ondulação percutível no azul
ardor de corda nas pontas dos dedos de ser eu
a ressonância do íntimo
vendaval de dentro para fora
chama e verso em papel diáfano desenhado
volúpia
o saber das marés a vesica oculta
e de braços abertos dissolver-me no esquecimento
estátua de sal de ter olhado para trás
quando te vi passar

1 comentário:

fas disse...

Belíssima, essa foto. Só por si é um poema, de nó na garganta e de garganta sem gravata...