Para quê chorar
O que passa
No centro da graça
Não há desgraça
Não há derrota
Para quê perder
Da razão o sentido
Da alegria a sem razão
Os temporais não passam
Se não nos arrastarem com o vento
Se não nos precipitarmos na chuva
No centro da praça
De lugar nenhum
Não há graça
Não há vitória
Nem vergonha nem glória
Só o paraíso sem ser sonhado
Só o sorriso desfraldado
Daqui para a lua
No meio da rua
Tudo se confunde
Tudo se descompassa
No centro da graça
No impossível da praça
Na razão deitada ao chão
Passa o que passa
No amplo do coração
Expulso do mundo
Coroação do amor
Roda da fortuna
Perdição do mais fundo
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