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Ilha da Vera Luz

Amar é preciso, morrer não é preciso

19.9.09

Jogada por Paulo Feitais

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Seja Bem-Vindo

Nesta Ilha
há um só Rei: o Amor
há uma só Lei: a Liberdade

Em realidade

não há nela bem nem mal
apenas seres recriando

uma mesma Ca(u)sa

Nossa Senhora da Conceição

Nossa Senhora da Conceição
Rainha do Mar - Creio (Música de Ana Moura)

Fundada por Fernando Pessoa, antes de todos os tempos e de todos os lugares. (E depois também.)
A este espaço do tempo
em que os limites são ocos
apenas chegam os loucos
os amantes sem teto
sedentos da plena liberdade
de Ser em
verdade
Nada e
Tudo
O Presente o Passado


O Futuro

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pinus california

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araucaria columnaris

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celtis australis

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juniperus semiglobosa

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platanus hispanica

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quercus suber

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Ulmus minor

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sequoiadendron giganteum

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liquidambar stiracifolia

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Bichinhos da ilha

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Flores da ilha

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Ametista

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Cavansite

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Fluorite

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Rútilo

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Pirite

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Água-marinha

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Vanadinite

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Canto do Mar

Como ondas do mar dançam em mim os pés do teu regresso.

Há muito que deixei aquela praia
De grandes areais e grandes vagas
Mas sou eu quem na brisa respira
E é por mim que espera cintilando a maré vasa.

No mar passa de onda em onda repetido
O meu nome fantástico e secreto
Que só os anjos do vento reconhecem
Quando os encontro e perco de repente.

O mar azul e branco e as luzidias
Pedras – O arfado espaço
Onde o que está lavado se relava
Para o rito do espanto e do começo
Onde sou a mim mesma devolvida
Em sal espuma e concha regressada
À praia inicial da minha vida.

De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua
onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

Casa branca em frente ao mar enorme,
Com o teu jardim de areia e flores marinhas
E o teu silêncio intacto em quem dorme
O milagre das coisas que eram minhas.

Não há fantasmas nem almas,
E o mar imenso, solitário e antigo,
Parece bater palmas.

Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.

Reino de medusas e água lisa
Reino de silêncio luz e pedra
Habitação das formas espantosas
Coluna de sal e círculo de luz
Medida da Balança misteriosa

Vem do mar azul o marinheiro
Vem tranquilo ritmado inteiro
Perfeito como um deus,
Alheio às ruas.

O sol rente ao mar te acordará no intenso azul
Subirás devagar como os ressuscitados
Terás recuperado o teu selo, a tua sabedoria inicial
Emergirás confirmada e reunida
Espantada e jovem com as estátuas arcaicas
Com os gestos enrolados ainda nas dobras do teu manto

Sophia de Mello Breyner Andresen

 
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