28.12.08
soledad
na continuação o espaço quebra-se e embarco
na brisa sou o que sente o vácuo do sol raso
no vau de vir de lá do que fui
todas as horas estendidas e navegadas sem norte
são um sudário de alba e secreta entoação do fim
vazias de tudo do avesso parecem opacas
mas foram um caudal por onde tudo passou
em cada hora todo o universo transcorre
em cada segundo tudo cabe
de portas abertas nada prende
nada fica pendurado nas horas e nos dias
porque o eterno não tem continuação
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