22.1.09
por vezes
por vezes perdemo-nos
assalta-nos o pânico do incontido
vemo-nos no espaço do gumes do lado de fora
até aí a luz fere com a repelência das espadas
ficamos desguarnecidos de candura
todos os rostos parecem de escárnio
as máscaras são percutidas de frio e exaustão
e os pés cravam-se no chão na deliquescência do passado
é fácil ser do lado de fora
ver todos os homens como ocos
vazios que ressoam
quimeras num reino de ilusão e desvario
mas de dentro vem a luz do dia nocturno
a essa luz tudo é verdadeiro e sincero
e a perdição é uma entrega à aventura de ser
sem ses e porquês
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