15.2.09


3 comentários:

Paulo Feitais disse...

Um qualquer passeio à beira-mar, num desses locais inverosímeis onde ainda há pescadores, os verdadeiros "homens do mar", mostra-nos que há muitos homens "simples" com alma de poeta, muitos místicos de pele cresrada pelo sol e o sal do mar, homens plenos que nunca pisaram o chão enfermiço das universidades e que, sem terem lido uma linha direita, são irmãos de Dante, de Camões, de Homero e de todos os outros gigantes que diariamente são dissecados por anõezinhos febris em busca de alimento para o gigantismo do seu ego. Picos della Mirândola de encher o verbo à parte, é bom mergulhar nesta fotografia escritural.
Se por acaso a tiraste para os lados de Alcochete, não viste por lá umas luvas? Há um zézito que parece que perdeu por lá um par de boa qualidade...

grande abraço, Vergílio!

rmf disse...

Companheiro Paulo, Fão! :) Foz do Cávado! (quer dizer, de um lado, do outro Esposende)

Está boa essa das luvas :)
Por coincidência, acredita que a semana passada, data destas fotografias, quem tinha luvas era aqui o amigo das torres, um frio de cortar! E um mar tão grande, um "mar-cão", impossível de descrever... que poder amigo!
No estuário, tirando o frio, as águas estavam mais tranquilas. Foi muito proveitoso este passeio, comi na Rita Fangueira "meia" de lampreia, acompanhado por verde tinto do "piorio" - eu bem me esforço, mas vinho só maduro, Portalegre de preferência, ou Douro superior porque não... - e, claro está, em remate final café e... e... um pastelinho da Rita Fangueira :), coisa fraca, um folhadinho simples mas com um creme de ovos genial! Impossível comer só três! :) ehehe (estou a brincar).

No meio de tanta fotografia, de certo perceberás (e o amigo Soantes também) muitas são as que nos escapam pelo meio dos dedos... quero dizer, "é mais uma fotografia"! mas o tempo e a serenidade fazem-nos a célere partida de nos mostrar aquelas imagens que nos contam histórias e que por opção, numa sequência interminável de fotografias, um olhar menos atento as recambiou para uma pasta datada, o que ajuda também para não se esquecerem datas!
A memória já me vai pregando algumas partidas, e arrumação e sistemática nunca me fizeram mal, antes pelo contrário, ajudam ao inventário :)

É uma zona muito bonita esta, aconselho vivamente, é Minho!
Com todo esse verde interminável e francos pastos entrincheirados à fronteira das aldeias que se sucedem, uma a uma, "ilimitadas" entre colinas onde rudes as mãos do Homem criaram o paraíso à flor da inefável religião de Domingo (é um desabafo). ~

Por outro lado, é uma região ancestral de forte influência Celta e pré-Celta, como é o caso de inúmeros locais de interesse arqueológico, exemplo disso, Vila Chã de Esposende, um lugar sobranceiro ao mar, muito aprazível, e excelente para um pôr-do-sol intemporal,;) Aqui o desafio é desfrutar esse momento ser recorrer à fotografia... (impossível, ainda por cima vindo de mim - ou de nós - impossível mesmo!)

Amigo Paulo, aquele abraço companheiro!

Aos habitantes desta ilha... digam lá se não ficámos bem na fotografia? :)
Bem, hoje vou-me dedicar à silvicultura! Estou cá com umas ideias ;)

A todos vós, um excelente domingo soalheiro!

Paulo Feitais disse...

É Vergílio...
Que inveja dessa incursão pelos reinos de Flora. Vivo em Sonho numa comunidade da Ordem dos Mateiros de que falou Antero a Eça: o sonho da plena comunhão com a Natureza... E é esse sonho que me impele para a fotografia, principalmente para as praias, sempre as mesmas e nos dias mais frios, para ver se por lá me encontro com a solidão.
E é verdade que há muitos cliques que ficam apenas em esboço. Mas há um fenómeno que me ocorre com frequência: saio de casa ao acaso, sabendo que tenho, algures, uma fotografia à minha espera. E acontece sempre, por vezes de forma "natural", encontro-me com a fotografia e fico descansado. Meto a máquina no saco e regresso a casa.
Gosto de fazer umas incursões fotográficas fora aqui do círculo sintrense e o Minho é, de facto, um espaço que me povoa o imaginário.
Quem sabe...
Um abraço!!!!