«O náufrago
engole
o mar.
"A águia pelo tempo sendo achada, no cimo do invisível vai entrar."
As palavras são mãos que aprenderam a ver.
Na luz o tempo acaba.
(...) os rios que correm aquém da infância, nada têm com os outros. Sob um eixo maior se movem. Como plantas em órbitas junto à foz do sol. As ondas, de grandes olhos, brincam de ser rio.
Tinhas na ponta da língua: amor, ias falando com a didática da luz. E atalhou Laor, com as feições de um albatroz desajeitado sobre a trancosa oliveira:
- Aqui tudo convive e essa é a língua que te ensino, aprendendo a respirar. E falas o que assopra o paraíso.
E a(l)mou.
(...) a alma (...) lia o céu em letras de vento.
A ilha era a alma.
E amor é a fala do paraíso.»
Carlos Nejar, A Idade da Aurora
9.3.09
Idade da Águia
Tipo de Jogo:
Espírito,
Eternidade,
Ilha dos Amores,
mar,
Palavra,
Poesia brasileira,
puer aeternus,
vento
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