19.3.09

ritmo


há tempo
para viver no tempo
a tempo
temperada lâmina de espada sonora lâmina de prata
de não ter tempo
no tempo de não-ser
ser do tempo que não há
uma chuva cristalina gota a gota de transparecer
o olhar de mil contas de vidro a rolar pelo entorno
o espaço é uma matriz cervix da madrugada por acontecer
lentidão por onde escorrem os momentos em transcurso
do fundo ao alto numa cadência estranha
ilusória toda a saciedade
a perdição é uma rota

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