17.5.09
Flores para Maria Ana
de dentro
rasga-se a estável reminiscência das coisas como são
atiradas sobre o negrume da espera
o esqueleto alvo do olvido
dá-lhes a aparência de asas
parturientes feridas da continuação
são do fim
inquietação se a partida se atarda
tições do lume que irrompe do depois
os olhos dos meninos que brincam com os vaga-lumes no gineceu aquoso da noite
refazem-nas em reflexos verdes de espanto
benditos os seres que suportam a beleza das flores
e a pressentem nas rasguras do pranto
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3 comentários:
:))
Beijinho grande-grande-grande.
Belo poema, sem dúvida.
que bonito!
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