27.2.09

concretude alucinação


vindos da Pérsia do olvido
perlados de silêncio e maravilha
ecos de mais
nas ondas do mar de dentro
a agonia do espanto e da saciedade
a claridade do fundo impermanente
semeiam os cravos do depois
rubros de perfume ambárico e antigo
no jardim que se abre
por nada querer
as Primaveras a escuridade o frio do sol mergulhado na neblina
tudo vem à tona da escuta
o ocaso é um vinho volátil
impede os sentidos de serem reflexos do concreto

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