«Precisamente: não pretendo legislar, mas encontrar. E se venho falar-vos é porque isso é ainda uma forma de encontro.
(...)
Necessária se torna não esta linguagem física, que é a nossa, não esta que serve para comunicar e é uma aderência estranha ao Corpo, que funciona com autonomia e podemos considerar como um corpo só que adere, mas não pertence, mas aquela que é completação do próprio Corpo, que é sua manifestação profunda e não algo exterior de que se serve; não esta humana que aponta e traça uma longa geometria sobre que joga e é um utensílio de comunicação, mas outra que seja precisamente não um substituto, mas o próprio movimento da realidade em troca desta que a indica, que a fixa, mas não a contém.
Eu ouço: é o som que contém o corpo, não as palavras (...).»
António Maria Lisboa, Poesia
Dito por outras palavras:
não existem palavras, apenas sons do silêncio (chamados palavras);
tal como não existem pessoas (isoladas), apenas amor -
não existe a diferença, apenas um mesmo;
não existem tempos, apenas Eternidade (Dentro do Mar-Eterno tem Rio-Tempo).
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