as margens do nunca
têm avessos de espera nos assomos das águas
negras vertigens secretos anseios
do fundo emergem e colapsam sem remorsos
o melhor é mergulhar
e no frio da inquietações despidas de pranto
liquefazer a alma e deixá-la espalhar-se
oceânica parturiente
naufragada
4 comentários:
Gostei do blog.
Portugal
http://abebedorespgondufo.blogs.sapo.pt/
Tudo!
abraço Paulo.
Paulo,
Como Sereia*, "NUNCA" chegaria a estas palavras assim desta forma, ou elas nunca chegariam até mim de modo a juntá-las num mesmo espaço e tempo...
Mas, agora que alguém as juntou, posso dizer que ao lê-las me pareceu ver-me ao espelho.
Julgo que ser Sereia* é isso, é isto.
Obrigada pela partilha destas palavras. Se calhar, "NUNCA" me encontraría tão bem descrita. Mesmo sem saberes e sem ser tua intenção, foi assim que te li :)
Bom poema e mais uma belíssima imagem, entre a fotografia e a pintura digital. Parabéns.
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