adorei este post! Que frases tão bonitas que partilhaste!
Espero de coração que essa criança que sempre aprendi a ler e que tens dentro de ti, esteja bem. Não te escrevo faz muito tempo, embora visite a Ilha... Mas deixa-me só mandar gotas salgadas e sintilantes por todo este tempo em que não escrevi. Pode ser?
Eheh que boas que são! Adoro sentir o sabor do mar no corpo, e na língua. Apesar de meia-brusca, ou talvez ainda mais por isso, gosto muito de ler quem escreve com tacto (mas sem tecto), como tu, Sereia. :)
Nesta Ilha há um só Rei: o Amor há uma só Lei: a Liberdade
Em realidade não há nela bem nem mal apenas seres recriando uma mesma Ca(u)sa
Nossa Senhora da Conceição
Rainha do Mar - Creio (Música de Ana Moura)
Fundada por Fernando Pessoa, antes de todos os tempos e de todos os lugares. (E depois também.)
A este espaço do tempo em que os limites são ocos apenas chegam os loucos os amantes sem teto sedentos da plena liberdade de Ser em verdade Nada e Tudo O Presente o Passado
Como ondas do mar dançam em mim os pés do teu regresso.
Há muito que deixei aquela praia De grandes areais e grandes vagas Mas sou eu quem na brisa respira E é por mim que espera cintilando a maré vasa.
No mar passa de onda em onda repetido O meu nome fantástico e secreto Que só os anjos do vento reconhecem Quando os encontro e perco de repente.
O mar azul e branco e as luzidias Pedras – O arfado espaço Onde o que está lavado se relava Para o rito do espanto e do começo Onde sou a mim mesma devolvida Em sal espuma e concha regressada À praia inicial da minha vida.
De todos os cantos do mundo Amo com um amor mais forte e mais profundo Aquela praia extasiada e nua onde me uni ao mar, ao vento e à lua.
Casa branca em frente ao mar enorme, Com o teu jardim de areia e flores marinhas E o teu silêncio intacto em quem dorme O milagre das coisas que eram minhas.
Não há fantasmas nem almas, E o mar imenso, solitário e antigo, Parece bater palmas.
Aqui nesta praia onde Não há nenhum vestígio de impureza, Aqui onde há somente Ondas tombando ininterruptamente, Puro espaço e lúcida unidade, Aqui o tempo apaixonadamente Encontra a própria liberdade.
Reino de medusas e água lisa Reino de silêncio luz e pedra Habitação das formas espantosas Coluna de sal e círculo de luz Medida da Balança misteriosa
Vem do mar azul o marinheiro Vem tranquilo ritmado inteiro Perfeito como um deus, Alheio às ruas.
O sol rente ao mar te acordará no intenso azul Subirás devagar como os ressuscitados Terás recuperado o teu selo, a tua sabedoria inicial Emergirás confirmada e reunida Espantada e jovem com as estátuas arcaicas Com os gestos enrolados ainda nas dobras do teu manto Sophia de Mello Breyner Andresen
7 comentários:
Querida Anita,
adorei este post!
Que frases tão bonitas que partilhaste!
Espero de coração que essa criança que sempre aprendi a ler e que tens dentro de ti, esteja bem.
Não te escrevo faz muito tempo, embora visite a Ilha...
Mas deixa-me só mandar gotas salgadas e sintilantes por todo este tempo em que não escrevi.
Pode ser?
Beijinhos, Anita*
Eheh que boas que são! Adoro sentir o sabor do mar no corpo, e na língua. Apesar de meia-brusca, ou talvez ainda mais por isso, gosto muito de ler quem escreve com tacto (mas sem tecto), como tu, Sereia. :)
Beijocas marítimas.
É um conjunto muito bonito, sim. O mar inspira-te mesmo.
:) é o que dá só se poder respirar ao ritmo das ondas do mar.
Lindo! :)
"só poder respirar ao ritmo das ondas do mar..." transparece essa mesma tranquilidade... :)
Um abraço a todos e um beijinho especial à menina da água ;)
Até breve.
Fabuloso! A Verdade é amniótica como o Mar. Felizes os que nela se deixam submergir para verem o mundo todo transfigurado. Beijos!
Então, mais beijos!
E saudemo-nos, que a Saúde vem deste eterno saudar.
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